Você que está sempre por aqui ou você que chegou agora, fique á vontade pra comentar, criticar, adicionar. Nem só da mente louquinha da autora é que o blog se alimenta!
Lara não apareceu muito por aqui este mês não foi? Tudo porque a mammy aqui não queria dividir com vocês as reclamações desta fase da gravidez (3º e última fase, graças a Deus).
Pois é, mas eu disse queria.... agora vou contar logo tudo, no estilo verdade nua e crua:
Não vejo meus pés e joelhos já faz um tempo... se os dedos dos pés coçarem, é todo um contorcionismo.
Minha definição atual: um tanque de guerra! O que mais pode ser pesado, lento e atirar pra todo lado? Mas sou forte, isso que importa.
Estou tolerância zero. Lembram do Saraiva? Pois é. Tranquei duas disciplinas na facu por falta de paciência com professor, vou embora de loja cheia, eu negocio qualquer coisa só por duas frases, não deu, viro as costas!
Eu cuidei, cuidei... mas as manchas gravídicas apareceram no meu rosto mesmo assim. Ainda tem dois meses, se aumentarem vou sentar na margem do rio pietra e chorar.
Não aguento mais meu cabelo. Eu fazia escova definitiva (a melhor coisa depois de sexo) e a última foi em dezembro do ano passado. Juro que tento conviver com meu cabelo ondulado-cacheado-anelado [é que ele não se decide, esse é o problema] mas não dá. Assim que puder, Lara passará uma tarde com o papai e mamãe no salão, voltando a ser fina.
Enquanto eu não ver o quarto dos meninos pronto eu vou continuar achando que nada vai ficar pronto e que Lara vai dormir de carrinho porque os pais irresponsáveis não conseguiram arrumar tudo a tempo. Sacou a tensão?
Ahhh, só pra constar: meu pé já amanhece inchado. Se ele fica assim após 8 horas deitada adianta pôr pra cima, fazer escalda-pézinho? Sorry, pé de bola agora é minha moda...
Entenderam???? O grande mistério da vida é que apesar disso daí, eu tô legal. É por isso que uma mulher consegue engravidar mais do que uma vez. Tem algum componente mágico que faz com que a gente veja mais o lado bom, só surte por 5mim e consiga passar por uma pessoa normal. Lara é meu soma.
Coisa de maluco né? Frank é o mais novo bonequinho do Edu - ele sempre gostou de brinquedinhos pequenos, que cabem na mão e são colecionáveis - e a centopéia roxa e rosa é o mais novo bichinho da Lara (valeu tia Adri, nós amamos).
Coisa de maluco também é a resposta que Eduardo dá quando insinuam que ele estaria tendo ciúmes da irmã que vai chegar. Diz: "eu vou lá ter ciúme de um bebê? Eu vou fazer 11 anos..". Ou seja, ele já sabe que este lance de ciúme não leva a nada e é bobeira. Mas... será que lá no fundinho ele não sente?
Eu acho que alguma coisa deve sentir né... pô você era o maior exclusivão dos pais e dos avós aí eis que surge o 5º elemento (eu+gu+edu+gobi são os 4 primeiros). Deve dar alguma nóia no coração da pessoa concordam? Ele é inteligente o bastante pra compreender que pode gostar e sentir ciúme ao mesmo tempo.
Tanto gosta que já chama ela de Laroca, acha fofo algumas coisas e diz que vai protegê-la. Por outro lado... Quer todos os bichos de pelúcia que ficarão no quarto dela, diz que minha barriga não aumentou nada, que tô do mesmo jeito de antes (â-hâmmm), fala que o amor da gente foi bom enquanto durou (dramáááático) e chama a irmã de "essa Lara" quando vê que eu estou cansada ou com dores por causa da barriga.
Acho muito interessante observar estas coisas, pois quando se fala em ciúme de irmãos sempre se referem a crianças pequenas - com aquela coisa do retrocesso, de querer usar fralda de novo e mamar. Mas quando eles crescem, continuam sendo seres humanos, crianças e não dá pra achar, como já me disseram, que não preciso me preocupar com ele. Ele é meu número 1. O título é dele e ninguém tasca. E será pra sempre meu bebê.
Depois que nascer as reações serão outras. Melhores ou piores eu não sei. É mais uma daquelas coisas que só vivendo pra saber. E esta não é a grande magia da vida?
Opa! este título está parecendo legenda de foto... e um dia será. Aqui em casa o gato (não é qualquer "gato" é o Gobi, o gato felpudo da família) mora no nosso coração. Ele está bem aqui aos meus pés enquanto escrevo e me segue e acompanha enquanto eu estou em casa. Caso de amor mesmo, e é recíproco.
Quando fiquei grávida muitos me perguntaram "o que eu ia fazer com o gato". Ora ora... o de sempre né: cuidar, dar comida, dar carinho. Só restringi as idas dele ao meu quarto - agora ele só vai lá comigo. De resto, nada demais. Ele é vacinado, vermifugado, fofo demais e super cheiroso (olha é mais cheiroso que muito homem que vejo a mulherada pegando por aí - eca!) Fora que ele é um lorde, não pede comida aos humanos, só ração, não sobe mesa, não arranha sofás e nem derruba porta retratos.
Agora que já passei dos meses iniciais, voltei a pegá-lo no colo, dar beijinho na cabeça e deixar ele deitar ao meu lado -ele deita e fica 'espanando' minha barriga com o rabo - O que eu vou fazer? Não sei viver sem ele. Já são três anos de fofura e companhia que ele me faz. Uma colega perguntou como eu tinha coragem de dar beijo no pêlo do gato e eu tasquei minha resposta mais ferina:
- "Ué, você não lambe cinzeiro?"
- Eu???
- Lambe sim...teu namorado fuma pra caramba, e tu lá trocando saliva...
Ela passou um tempo me evitando.... rsrsrrs vai ver tava chupando uns drops de menta.
Já vi que quando Lara nascer ela está predestinada a amá-lo, pois ele vai continuar por aqui. O máximo que dá pra fazer é impedi-lo de entrar no quarto dela, nos primeiros meses. Vai virar bagunça mesmo, e tomara que ela goste, senão vou ter que partir pro plano B (que ainda não tenho hehehe).
Mas pelo que andei pesquisando, crianças e bichos domésticos fazem um ótimo par. Fiquei mais tranquila. Conforme os dias forem passando eu darei um jeito nos dilemas felinos que surgirem.
Hoje, já na metade da minha espera por Lara - contamos 21 semanas - lembrei de comentar aqui sobre algo que notei desde minha primeira gravidez, há onze anos: a quantidade de gente que se acha no direito de impor sua opinião quanto ao tipo de parto "que você deve fazer" de qualquer jeito.
Acreditem, não são poucos. É um tal do povo vir com aquela perguntinha "vai fazer normal né?" , e ai de você se falar que não... começam com todo o papo do natural, que é melhor pra mãe e tal. Tudo decorado das cartilhinhas do SUS e muitas vezes nunca posto em prática pela pessoa que fala.
Na minha primeira vez, eu achava que ia dar certo fazer normal, me preparei pra isso. Mas.... não deu certo, as coisas tomaram outro rumo e Edu nasceu por buraco aberto artificialmente e não pelo da natureza kkkkk. Bom, não foi nenhum bicho de sete cabeças, não passei mal, meu leite desceu normal, não fiquei uma porca obesa sem perder peso e nem me achei menos mãe só porque não arregacei as entranhas.
Aliás... com o experiência que a "paciência" que os médicos de hoje tem eu prefiro me entregar à eles pra uma cesárea, pois é nisso que eles são bons e tem larguíssima experiência.
Não que eu não concorde com os argumentos. É tudo verdade mesmo, parto normal é melhor pra mãe. Só que eu, agora partindo pro 2º, não estou com muita vontade de botar minha área de lazer nesta jogada. Aí, quando me peguntam por aí o que vai ser eu digo: "sei lá, vai ser o que der certo na hora, pra mim tanto faz" só pra não me encherem muito o saco.
Estão loucas pra fazer parto normal? É tão fácil pô! Espera os nove meses e quando estiver perto de nascer vai pra um interior bem brabo, daqueles sem nem posto de saúde. Garanto que ninguém lá vai falar em casárea. Mas por favor.... não queiram decidir o meu ok?
Vou contar uma coisa pra vocês: Uma vez me disseram que a segunda gravidez não tinha muita graça não, que a pessoa prefereria abreviar um pouco o tempo e ter logo o bebê nos braços. Não acreditei quando ouvi, claro. Achei que era uma frase impensada de uma grávidinha stressada e dei o devido desconto.
Chegou minha vez de assumir que estou achando mais ou menos isso sabe.... Gravidez tem umas fases muito legais que a pessoa curte de montão:
A descoberta: abrir o famigerado exame e ler que tem um serzinho ali. Pra quem quer ler isso, é uma sensação muito especial. Pra quem não tava querendo é inesquecível também kkkkk;
Contar pras pessoas, espalhar a notícia e se empolgar com a idéia;
Observar a barriga começando a aparecer, quando ainda parece um montinho, que só a gente vê;
O 1º ultrassom, quando a gente vê só um pontinho lá, mas ouve o coração e fica achando tudo massa além de saber que está tudo bem;
As especulações e apostas sobre o sexo do bebê;
Ver o sexo no ultrassom (quando o médico é bom e te dá certeza). Espalhar mais esta notícia;
Sentir os movimentos de bebê. Essa vale ouro, é muito gostoso.
Fazer enxoval. Pode ser bom e pode ser chato se não há recursos, mas qualquer coisinha que a gente compra acha lindo, sempre é legal.
Pronto, depois disso, pra mim só quando nasce. Acabou a graça. O resto é deixar o tempo passar, ver sua barriga ficar cada vez mais imensa e você cada vez mais lenta, mais pesada. Já passei por todos os pontos mencionados. Estou na 19º semana, ou seja, na metade do caminho. O quê???? Ainda falta metade de todo esse tempo que passou? Cruzes, Jesus me abana.
Quando é a primeira vez a gente ainda se engana, pensando que vai continuar bonitinha, que a cara não vai ficar redonda e que a disposição que tempos agora vai até o final.... Que lástima....
Juro que estaria mais contente e paciente se eu conseguisse respirar direito. Lara parece ser grande, a barriga subiu bem este mês e eu passo todo o tempo tentando encher o pulmão. Sei lá o que acontece, acho que meus órgãos não se ajustam muito bem à esta bagunça que está aqui dentro, mas eu fico o tempo todo como se estivesse acabado de correr 200 metros. Diga-se de passagem isso é um saco!
Só me consolo em saber que preciso destes meses pra preparar o quarto dela, terminar o enxoval e acertar detalhes. Nestas horas é bom não ser rica, senão já teria feito isso tudo e ficaria, como diz meu marido, cada dia mais bocó.
Aviso aos preocupados: Eu tô bem viu, isso é só um post bem humorado sobre este aspecto. Aqui não rola deprê nem "baby blues" ok?
domingo, agosto 23, 2009
Não consegui escrever nada aqui até descobrir se o que preenche minha barriga hoje era um menino ou uma menina. Não dava, não sei esperar o inesperado hehehe
Terça passada o mistério foi completamente desvendado: 2010 começará com a chegada de uma linda menininha em nossas vidas!
Agora posso dizer que meu mundo ganhou ares de cor-de-rosa... E posso dizer também que já vislumbro que ser mãe de uma menina tem alguns desafios (ser mãe de menino também, mas pra estes eu estava mais preparada - subir em árvores, pendurar-se em coisas, saber sobre carrinhos, heróis, ensinar a ser corajoso, a ter os valores de "um homem honrado", essas coisas...)
Os desafios de ser mãe de uma menina se intensificam comigo. Pra começar eu não sou muito delicada. Quando meu filho leva um tombão feio eu chego com um "e aí, beleza boy, quebrou algo?" Quando ele pensava em fazer alguma manha eu dizia: "vamos deixar de fescura senão minha mão vai pesar no teu couro" Ai, tadinho, mas é assim mesmo... por isso ele é pau pra toda obra e não fica com fescura de menino chato.
Mas não dá pra ser assim com uma menina... há que se ter um pouco mais de tato, eu acho. Não quero criar a monga, mulher gorila rsrsrrsrs. E não para por aí. Não sei pintar as unhas sozinha (fazer as de alguém então.... é piada), não sei fazer escova no cabelo, não sei dançar, troco sapato por tênis numa boa, meus hábitos à mesa são meio vikings...
Se tem algo que me consola é que o fruto nunca cai tão longe da árvore e pode ser que ela não seja uma menina prototípica. Pode ser uma linda menina, sem necessariamente se parecer com as outras em comportamento e hábitos. Até porque, eu, com todos os meus defeitos e "grosserias" nunca tive problemas em fazer amigos e arrumar namorado (ops, vamos deixar o passado pra lá né.... foram poucos viu... muito poucos....)
E vocês, também acham que criar uma menina é mesmo diferente de criar um menino?
Antigamente não existia ultrassom e ninguém sabia o sexo do bebê antes dele nascer. Era um tal de fazer simpatia pra adivinhar, medir formato da barriga, ver se a mãe tinha azia, fazer cálculos malucos... As maternidades tinha duas luzes do lado de fora da sala de parto, uma azul e uma vermelha. A família ficava do lado de fora esperando e quando nascia acendia-se a luz correspondente ao sexo do bebê. Era uma festa.
Agora não, temos a ecografia, que pode nos revelar o sexo do bebê algumas vezes já na 13° semana. Temos a sexagem fetal (pros mais abastados), que responde já na 8°, para os neuróticos dá pra fazer inseminação e escolher o sexo da criança ainda no tubo de ensaio (cá entre nós... tem certos casais que mereciam né? A bisavó do dudu teve seis homens e só uma moça).
Pois bem, tudo isso mexeu com o mundo capitalista que temos. Você vai a uma loja, "despretenciosamente" olhar umas coisinhas e, quem sabe, comprar algo fofo pro seu filho(a) e não consegue. Roupinhas e sapatos são produzidos pra quem já sabe o que vem por aí. Pra quem mora nos grandes centros do país pode ser diferente, mas aqui em Natal é difícil encontrar algo realmente neutro. Roupas branquinhas então... praticamente abolidas.
Pra nós, mães, só nos resta esperar o tempo de fazer o bendito exame e torcer pra que o médico seja bom da vista e a criança colabore abrindo as perninhas. E o comércio perde com isso, pois há poucas pessoas mais sucetíveis a gastar uns reais que uma mãe grávida. Por enquanto, estou sendo espartana à força. Quero comprar, mas eles não tem nada pra me vender...
Desta vez terei mais um argumento pra "convencer" meu bebe a abrir as pernas. Com Eduardo eu dizia: "bebe, mostra tudo lá no exame, pois mamãe quer ver, senão eu vou ficar nervosa e isso não é bom pra gente". agora vou complementar com "Olha, se você não mostrar vai nascer pelado(a) sem nada pra vestir hein..."Ai ai, coitados dos meus filhos hehehehe
* Metade do texto em vermelho, metade em azul, em homenagem ao "mistério pré-ultrassonografia"
Que em coração de mãe sempre cabe mais um a gente já sabe. No meu caso cabe só mais umhehehe, mas há quem seja mais elástica. Nestas quase 10 semanas de gravidez meu lado emocional tem travado umas batalhas com o racional. Talvez vocês não notem, mas toda mãe gosta de dizer coisas exageradas do filho: "é o mais fofo do mundo" "melhor filho que existe" "lindo demais, fiz e joguei a receita fora..." são só alguns exemplos.
Eu, de minha parte tenho mania de dizer pro Dudu enquanto estou arrumando ele que toda mãe sonha em ter um filho como ele, mas só eu tenho! Gente... é muita megalomania. Tudo bem que o amor explica. Agora, me explica como ficam todos esses ditos quando você espera mais um fofuxo da mamãe?
Meu lado racional apita toda vez que boto a mão na barriga e digo "vai nascer um bebezão da mamãe" Só que...o bebezão da mamãe é o Dudu... eu lembro disso na hora! O neném mais fofo do mundo era o meu filhão até bem pouco atrás. Tudo bem, o que virá será tudo isso também, claro. Mas então tudo o que eu disse pro primeiro durante dez anos era "meia verdade"? A gente, que dizer, eu né, que sou maluca, acha que "trai" o primeiro com o segundo.
Sei que é muita maluquice minha pensar essas coisas. Não deve mesmo fazer o mínimo sentido. Mas só quando eu for, efetivamente, mãe de dois é que vou saber o real sentido do tal "amor duplicado, ao cubo, hexa multiplicado" que tanto dizem por aí.
Por enquanto eu vou conhecendo esse serzinho que está em mim aos poucos. A cada dia gosto mais dele, a cada semana comemoro seu crescimento e sinto que ele(a) já faz parte de minha vida. Aí, quando chegar a hora posso falar que é o bebe mais lindo do mundo sem medo não é mesmo?
Esta ultrassonografia aí da imagem foi feita dia 17/06. A esta hora ele já cresceu muito mais. Deve ter uns 3,5cm. Achou pequeno? Tu também já foi deste tamanho!
Fiquei ausente. Deve ter sido por crise existencial, já que o Ministro Gilmar Mendes tornou a profissão de jornalista possível de ser exercida por qualquer pessoa (com ou sem estudo - qualquer estudo). Alguns anos de faculdade passaram pela minha cabeça na hora... Dureza. Ainda bem que eu já estou no 6° período de outra faculdade e isso me deu algum alento.
Por falar em crise existencial, vocês já pararam pra pensar como é engraçado a reação do ser humano quando lhe dizem que, a partir de determinada data não lhe será possível fazer algo? O sujeito nunca ligou muito pra feijão.... aí o médico fala: "Você está com um probleminha gástrico e não deve mais comer qualquer tipo de feijão". Pronto, era o que faltava pro cara ter vontade de comer feijoada, baião de dois, tropeiro, angu, tutu.... tudo que use o grão. Afinal ele não pode mais. Isso dá fissura. Fora o monte de convites que você começa a receber: feijoadas, festival do feijão, Festa do feijão carioquinha. Surge de tudo.
O exemplo foi guloso, mas o dilema está pra tudo. Diga pra alguém que tal coisa será impossível e, de repente, aquilo que não estava em pauta vira um imperioso dilema. Foi assim comigo. Há 11 anos atrás, ainda bem novinha, fiquei grávida e tive meu filhão. Nestes 10 anos e pouco depois que ele nasceu sempre que alguém perguntava se um dia eu ia ter outro, ou se queria, minha resposta era bem vaga: "é, acho que sim, um dia talvez" Afinal, eu tinha tempo, muito tempo. Os avanços da medicina fazem parecer que tempos muito mais tempo ainda. Aos 22, 24 anos parecia que eu estava falando de algo que poderia levar mais uma década para se resolver. E no fundo eu achava mesmo que ia ficar só com meu príncipe mesmo (afinal, ele vale por... uns três!).
Well, o tempo, já dizia Cazuza, não para. Eis que o pequeno fez 10 anos, eu fiz (ai ai ai eu tenho de dizer?) fiz 20 a mais que ele e algumas questões se tornaram urgentes. Não falei? Diga que não pode e a fissura bate. É confortável pra nossa mente pensar que pode decidir algo depois não é mesmo? Nada como um horizonte aberto à nossa frente, uma tela vazia. Desconfortável é ter de decidir, principalmente em questões onde, uma vez decidido, não há como voltar atrás. Como deixar pra decidir depois se eu havia estipulado que jamais carregaria menino na barriga com mais de 35 anos? Como pensar em deixar pra depois se eu não quero chegar aos quarenta com criacinha pequena querendo colinho?
E como esquecer isso de vez, se na verdade eu queria mesmo ter o segundo, enlouquecer mais um pouco, dar um irmão a Edu e fechar minha fábrica? Danado de tempo que não estica. Tentei rever meus conceitos de idade. Nada feito. Considerando o esforço que uma gravidez exige, mais a perda de viço da pele depois dos 35, mais os riscos naturais do envelhecimento dos óvulos, o jeito foi deixar a coisa correr solta e ser "surpreendida" pela ação da natureza.
Não é uma decisão fácil. A famosa máxima "se pensar muito, a pessoa não tem" é verdadeira. Pra ter um filho é preciso fingir-se de cega para os problemas do mundo, assumir que é irresponsável e ponto de colocar mais um aqui, iludir-se de que seu orçamento vai dar conta e ter muito, mas muito amor pra dar.
Enquanto eu tentava encontrar uma resposta satisfatória pra cada uma destas questões a natureza foi mais rápida: providenciou o rasante da cegonha bem no meu endereço. Ahhhh que lindo.... os hormônios femininos juntam-se ao instinto materno e nessa, você já deu solução pra tudo no momento em que abre o exame que confirma a vinda de um ser. Incrível isso. Deve ser mesmo um milagre proporcionado às mães, pra elas sequer pensarem em se arrepender. Bom né? A gente tem toda uma química natural que nos faz achar que tudo vai dar certo, que nada mais normal ter mais um em casa, que isso é, enfim, a coisa mais fofa que poderia ter acontecido. No dia que a ciência conseguir sintetizar essa droga vai acabar a depressão no mundo, as guerras. a pobreza....
Voltarei depois, com mais dilemas engraçados de mãe.
* Este símbolo usado na postagem de hoje significa "irmão mais novo".
Feliz Dia das Mulheres para todas nós. Pronto! agora pode voltar pro tanque.... kkkkkkkQue bom que não é mais assim. Pelo menos não tão descarado e impositivo desse jeito. (em alguns lugeres é pior, mais aí varia de família para família e de como a mulher se impõe ou não.)O certo é que descaradamente ou não, a mulher de hoje está entupida de afazeres. Pelo que tenho lido sobre o assunto é a mulher das classes menos favorecidas - ai que eufemismo - as pobres vai, são as que mais sentem o peso de jornadas duplas ou triplas. Hoje elas trabalham, cuidam da casa (o salário impede que tenha sequer uma faxineira) e cuidam dos filhos. As de classe média pelo menos tem o benefício de máquina de levar e carro pra trabalhar - e isso faz muuuuita diferença na qualidade de vida. As ricas... humm bem as ricas, prefiro não comentar. Digamos que elas andem sem tempo hehehe.
As mulheres lutaram no passadp pelo direito de trabalhar e competir de igual pra igual. Alguns tiros viraram pela culatra e agora virou obrigação. Tenho visto também mulheres que se constragem em dizer que escolheram cuidar da casa e dos filhos, como se fosse algo menor. (particularmente tenho cada contra desde que seja escolha e o companheiro concorde na boa). Parece que as mudanças ainda não foram bem digeridas pelas próprias mulheres. Os homens, muitas vezes tendem a se aproveitar da situação e deixar a mulher bem sobregarregada como quem desdenha do "direito" adquirido. Empresas tem medo de contratar mulheres jovens sem filhos temendo uma licença iminente, a licença de 6 meses ainda vai dar muita briga.Espero que as novas gerações sejam de mulheres mais bem resolvidas e homens mais bem educados.
Reforma OrtográficaAinda não debrucei-me sobre as novas regras, apenas dei uma olhada. Então meus textos aqui ainda seguem a ortografia anterior à reforma ok? Nem adianta dizer que faço Letras e que tinha obrigação em saber. Faço Letras-Inglês e não tenho nadica de aula da nossa língua materna. Sorry periferia.
A passagem custa R$ 1,85. Esse é o preço que qualquer pessoa paga pra poder entrar nos ônibus e se deslocar pela cidade. Porque ônibus, desde que foi criado, serve pra isso, deslocar-se de um ponto à outro de uma cidade.
Aqui em Natal não. Aqui, ônibus serve de "escritório" de pedinte. Os pedintes não querem mais ficar na rua, debaixo de sol, onde as pessoas andam rápido. Querem estar num local onde as pessoas estão todas reunidas sem ter pra onde se afastar e ficam obrigadas a ouvir aquele discurso decorado com olhar de quem nem ele mesmo acredita naquilo.
No fim da manhã fiz o trajeto para pegar meu filho na escola e peguei três, TRÊS, dentro do mesmo ônibus.
Primeiro foi o palhado do "Doutores da alegria". Olha... se o trabalho deles é voluntário e de coração, porque precisa de financiamento de doações, e só procuram nos ônibus? Esse não é o único motivo de chamá-los de pedinte: eles andam aos farrapos, mal maquiados e fedendo. Se alguém assim fosse me alegrar no hospital eu tinha até medo.... Mas o pior é pedir pra isso. Se vc quer fazer voluntariado em hospital, trabalhe e tire um pouco de seu tempo pra isso. Agora, passar o dia pulando de ônibus em ônibus pra ir 2 vezes na semana alegrar as criancinhas.... me desculpe mas eu não acredito.
Depois entrou um rapaz novo, forte e corado vendendo jujubas. Até aí vá lá, só que ele abriu a boca pra gritar o tal texto decorado que todos tem. Perdeu colega. Por último entra uma senhora, daquelas que ligaram o botão "falar". Ela não parava nem pra respirar. Antes de descer ainda ouvi a discussão dela com uma moça que argumentava que a tal certidão que ela dizia precisar era feita de graça no cartório. Ai meus sais....
Na volta peguei mais dois. Mas vou poupá-los da história.
Fiquei a pensar: sabemos que é um drama social e generalizado que toda cidade tem. Agora, convenhamos, andar de ônibus aqui em Natal já é um teste de paciência, com essa turma aí abusando está insuportável.
A solução parece estar em nós mesmos. As empresas de ônibus não parecem preocupadas com o bem estar do usuário. Se eles não tiverem nehum apurado depois de perambular por aí vão procurar outra forma.
Antes que digam que esta outra forma pode ser roubar, adianto: pesquisas já mostraram que a maioria está ali não pelo desespero, mas porque é mais fácil do que procurar emprego - e às vezes dá mais que o salário mínimo - e não tem horário, não tem patrão, obrigação. Resumindo, o velho dinheiro fácil que vicia e corrompe o cidadão.