Bem Vindo

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segunda-feira, março 21, 2011


Fui ver o filme da Bruna Surfistinha. É que aqui em casa não tem babá, então a gente vai ao cinema quando dá e na hora que dá. E, ao contrário do filme, dá pouco viu... O último que eu havia visto no cinema foi Nosso Lar e Tropa de elite. Ou seja: passo meses sem ir.

Gostei do filme sim, bem feito, apesar de ser uma produtora menor, diretor não tão conhecido. Deborah Seco encarnou bem a personagem e tudo rolou (rala e rolou melhor dizendo).

Mas aquilo choca viu povo. Não as cenas, mas a história e também aquele monte de nojinhos que nós meninas temos quando imaginamos como deve ser ir pra cama sem poder escolher o cara. ECA ECA ECA. Não dá não viu. Como assim o cara chega da rua fedendo e quer oral? Como assim, olhou, tirou a roupa, meteu? Tem que ter muito estômago - e o couro de lá bem forte hehehe

Acho que o que mais me choca é esta parte mesmo. Porque a questão moral, pra mim, não importa muito neste caso. Ela continuou sendo uma pessoa que pensa, sabe o que quer, sabe se expressar, conversar. Tem gente que é bem casta, uma santa, mas é tão burra, com mentalidade preconceituosa e tacanha que eu não consigo falar mais de 2 minutos. Arranjo logo uma trouxa de roupa pra lavar e sair de perto.

Não sei se estou interpretando o filme errado, mas pareceu que a maior revolta dela, além da baixa auto estima era o modo como ela percebia a sua adoção dos pais. Pareceu que foi uma adoção por caridade, pra fazer o bem, dar um futuro à alguém. Se foi, me arrisco a dizer que a causa pode estar aí. quem é adotado quer ser filho e não mudar de um orfanato público pra um familiar. E filho é criado de maneira visceral, com paixão, com entrega. (já viram "O óleo de Lorenzo"? Viram em Cazuza, quando a mãe vai atrás dele na rua?) é aquilo. Essa história de "eu dei tudo" não cola. Casa, comida, limites, saúde, roupa a gente também dá pra cachorrinhos de estimação, pra alguém que abrigamos em casa por um período, mas pra filho a gente SE dá.

Mas tomara que eu esteja errada, que a causa maior dela ter ido pro puteiro seja só a vontade dela mesmo (mas eu vi no Jô ela contando que uma semana depois se arrependeu, mas não deixaram ela voltar pra casa).

Quem ainda não viu, se quiser pensar um pouco sobre os estereótipos e preconceitos da sociedade, taí uma boa chance.

6 comentários:

  1. Bom... agora que vc tirou aquele bichano do berço podemos conversar kkkkkkkkkkkk, pelo amor de Deus Layana....
    Menina ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a postagem, como sempre vc arrasou, gostei muito do filme tbém, não assisti com o maridão fui com minha amiga kkkkkkk, acho que apesar de polêmico, mostrou a realidade sem baixar o nível, já que vimos cenas de sexo bem mais apelativas em filme no Tele Cine não é mesmo e tetolas estamos acostumadas a ver, não tão duros qto o da Débora Seco mas tudo bem kkkkkkk.bjussss e continem postando pra gente rirrrrrrrrrr muitoooooo.

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  2. Interessante o texto. Ainda não vi o filme, mas penso em vê-lo. Essa questão de adoção é interessante: realmente só quem é adotado pra entender o trauma que é ter rompido um vínculo de 9 meses e ser dado a outras pessoas. Ninguém sabe como foi a gravidez, os traumas e tudo o mais. Eu sei porque fui adotado e foi preciso muita terapia pra superar certos traumas que nem eu sbaia que existiam. Voltando pra "Bruna": mesmo os pais tendo adotado a Raquel para dar uma família, futuro e tudo o mais, acredito que isso ainda é melhor que viver num orfanato sem amor, carinho etc. Duvido que não tenha havido amor na adoção. Se não tivesse havido, os pais poderiam ter escolhido não adotar. Acredito que a vida que a Raquel escolheu foi uma combinação de revolta somada a traumas e um ambiente familiar conturbado(coisas que mesmo filhos biológicos podem experimentar). O ser humano é mesmo muito complexo e nunca se sabe qual vai ser a reação a esse ou aquele estímulo. Em certos casos, é dar amor e torcer pelo melhor.

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  3. É isso aí, Lay.. Interessante seu ponto-de-vista. Talvez eu pense da mesma forma que você mesmo. Não condeno essa moça nem o que ela fez, nem porquê o fez. A gente governa nossa própria vida e é INTEIRAMENTE RESPONSÁVEL pelos nossos atos e com certeza prestaremos conta pelo que fizemos. Nem o criminoso deve ser julgado por nós. Ele mesmo cava a cova para ele se enterrar, não a gente. Um beijo enorme. Adorei seu texto.

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  4. Nossa "Uma linda mulher" à brasileira é um bom filme. Podia ser mais longo, podia contar mais coisas que tem no livro, mas quem sabe o que ficou faltando possa inspirar um Bruna surfistinha 2?!?!

    Gostei também porque desmistificou o glamour que as garotas de programa tem alcançado na mídia e serve de lição para aquelas que acham que estudar é chato.. e que na pior das hipóteses podem recorrer a este estilo de vida!

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  5. Olá Layana! Já que tu invadiu o meu cantinho, vou invadir o seu! (brincadeirinha) Obrigada pelo comentário lá no blog, é recente, e eu uso mais para desabafar mesmo. Gostei do seu blog também! Vou segui-lo!
    Quando ao filme da Bruna surfistinha, eu queria assistir, por curiosidade mesmo, e talvez pra refletir sobre a nossa sociedade, e o que faz uma garota de classe média querer se prostituir. Por aqui eu ouço muitas histórias de garotas que se prostituem pra pagar a faculdade. Tem que ter estômago forte mesmo pra fazer isso!
    Abraços! E bom feriado!

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  6. Olá Layana!!!
    Seus comentários lá no blog são ótimos!Hehehe
    E seu blog também é super legal!!!Já até favoritei!
    Bjão!!!

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