Bem Vindo

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terça-feira, dezembro 05, 2006

Encontre a peça do seu jogo

Este período de fim de ano está sendo bem confuso pra mim. Eu explico: há algum tempo atrás (pouco mesmo) , tudo o que eu queria era terminar o ano empregada em alguma empresa boa, ganhando pelo menos o suficiente para as despesas, passar um Natal em família e ter como perspectiva para ano que vem um ano parecido com outros tantos. Nada de grandes mudanças. Pelo menos era o que parecia.
Parecia que eu estava conformada em não ter conseguido ser a jornalista que eu achava que ia ser. Parecia que eu não estava realmente num momento de tentar começar nada novo. Até que depois do meio do ano me inscrevi no vestibular. Não foi uma coisa planejada. Fui na dica da minha cunhada, escolhi o curso pensando no que gosto de fazer e nas oportunidades que Natal oferece. Nem ia me inscrever, mas meu pai - falei muito bem dele por aqui - me deu um empurrãozinho, as inscrições foram prorogadas e acabei colocando meu nome à prova.
Quando estava pensando em estudar mais a fundo, me aparece trabalho. Dois meses! Como não sou de cruzar os braços diante de uma empreitada pensei: ótimo, quando acabar, faço as provas, depois vem as festas e ano que vem começa tudo de novo. Ser aprovada em me passava pela cabeça, já tinha até me sentido culpada por entrar nisso sem preparação.
O dia chegou e depois da primeira prova me pego cheia de vontade de passar. Já me imagino fazendo o curso, aprendendo coisas novas, tendo oportunidades diferentes de trabalho, estágios. Uma empolgação começa a tomar conta de mim. Fiz todas as provas dando o máximo que pude, tentando me lembrar de conteúdos estudados há dez anos (tô ficando véinha mesmo). O resultado da primeira fase saiu e fiquei ainda mais empolgada pois não fiz feio.
Agora que o que está feito está feito começei a pensar sobre as revoluções que todos nós podemos fazer na própria vida com decisões que duram segundos. Sobre como a gente sempre faz o que tem vontade, mesmo inconcientemente. Claro que eu queria fazer alguma coisa pra mudar, mas não sabendo o quê, acabei fazendo o que era certo pensando estar apenas de brincadeira.
Estou certa de que isso acontece todo dia na vida de todo mundo. A pessoa que faz uma besteira pra acabar com o casamento que no fundo ela não queria, que está sempre esquecendo as coisas porque quer que cuidem dela, que inventa uma desculpa pra sair do caminho de todos os dias porque na verdade espera esbarrar em alguém especial. São muitos os exemplos, mas em todos, e provavelmente na sua vida já teve algum, uma coisa aparentemente insignificante mudou sua vida. è como um quebra-cabeça. A gente tem todas as peças, o danado é colocá-las no lugar certo.
Agora não sei mais que destino darei aos meus dias em 2007. O que era monotonamente programado agora está por saber. Depende, mais uma vez, do resultado que só vou conhecer em meados de janeiro. É mais saudável viver a vida com um horizonte à frente, com planos, com esperança. Que venha o próximo ano!

3 comentários:

  1. Se vc passar, essa empolgação toda merece ser comemorada com uma boa cachaça....

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  2. É , faz sentido dizer que a gente opera as mudanças na nossa vida até inconscientemente. Mas pra passar no vestibular não basta se inscrever. Tem que ter base pra fazer as provas. Do jeito que vc fala parece tudo natural. Eu já fiz 2 vestibulares. Vamos ver se neste eu passo.

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  3. Muito legal esse texto, Layana. Tudo a ver com o momento que estou passando.
    Parabéns pelo texto.

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