Faz um ano que venho explorando o site Orkut. Meu perfil lá já é mais antigo, a diferença é que se antes eu entrava, olhava se tinha scraps para mim e saía, agora fiz da página um meio de dialogar e entender as pessoas.
O Orkut tem uma coisa interessante que é a capacidade de fazer com que as pessoas subvertam a noção de privacidade. Existe o recurso de mandar mensagens (em que só quem recebe lê, igual a e-mail), mas todo mundo resolveu deixar o que quer nos scraps. E aí as pessoas ficam apagando para que nem todo mundo leia. Colocam fotos e mais fotos, mas quando percebem que alguém andou olhando seu perfil não gostam... Vai entender.
O melhor mesmo são as comunidades. São milhares, para todo gosto e público. Na maioria delas não se conversa nada. O próprio nome já indica uma preferência ou excentricidade da pessoa - vide "eu tiro meleca no trânsito" ou "Nunca terminei um caderno". Elas nada mais são do que as antigas listas de discussão na internet, em que um grupo com interesses comuns debatia um assunto. Claro que o Orkut foi mais além. Hoje você pode debater usando seu perfil, um perfil falso ou até postar anônimo, tudo liberado.
Como tudo pode, virou um campo ideal para conhecer os sentimentos mais profundos. Para desabafar o que ninguém pode dizer na vida real, saber a opinião de várias pessoas antes de tomar uma decisão, buscar informações sobre doenças, animais, produtos, viagens, religião, aberrações, pessoas, enfim... Tudo!
Tudo que a literatura e o cinema nos mostram como ficção está nos depoimentos dos internautas do Orkut. As comunidades que tratam do tema "odeio sogra" são simplesmente 396 só em língua portuguesa. Atreva-se a ler um pouco do que tem por lá e vocês acharão as vilãs de Manoel Carlos umas santas. Nelson Rodrigues também faria boa pesquisa por ali hoje em dia, já que não faltam comunidades sobre quem detesta as irmãs, trai o marido, deseja ninfetas e por aí vai. Freud então ia pirar na batatinha: é tanta gente apaixonada pela mãe, com traumas de infância e fobias diversas que ele teria de rever seus conceitos.
O Orkut tem uma coisa interessante que é a capacidade de fazer com que as pessoas subvertam a noção de privacidade. Existe o recurso de mandar mensagens (em que só quem recebe lê, igual a e-mail), mas todo mundo resolveu deixar o que quer nos scraps. E aí as pessoas ficam apagando para que nem todo mundo leia. Colocam fotos e mais fotos, mas quando percebem que alguém andou olhando seu perfil não gostam... Vai entender.
O melhor mesmo são as comunidades. São milhares, para todo gosto e público. Na maioria delas não se conversa nada. O próprio nome já indica uma preferência ou excentricidade da pessoa - vide "eu tiro meleca no trânsito" ou "Nunca terminei um caderno". Elas nada mais são do que as antigas listas de discussão na internet, em que um grupo com interesses comuns debatia um assunto. Claro que o Orkut foi mais além. Hoje você pode debater usando seu perfil, um perfil falso ou até postar anônimo, tudo liberado.
Como tudo pode, virou um campo ideal para conhecer os sentimentos mais profundos. Para desabafar o que ninguém pode dizer na vida real, saber a opinião de várias pessoas antes de tomar uma decisão, buscar informações sobre doenças, animais, produtos, viagens, religião, aberrações, pessoas, enfim... Tudo!
Tudo que a literatura e o cinema nos mostram como ficção está nos depoimentos dos internautas do Orkut. As comunidades que tratam do tema "odeio sogra" são simplesmente 396 só em língua portuguesa. Atreva-se a ler um pouco do que tem por lá e vocês acharão as vilãs de Manoel Carlos umas santas. Nelson Rodrigues também faria boa pesquisa por ali hoje em dia, já que não faltam comunidades sobre quem detesta as irmãs, trai o marido, deseja ninfetas e por aí vai. Freud então ia pirar na batatinha: é tanta gente apaixonada pela mãe, com traumas de infância e fobias diversas que ele teria de rever seus conceitos.
A maioria destas comunidades tem uma infinidade de tópicos e neles o pessoal troca informação e discute pra valer. Cheguei à conclusão de que a necessidade que o homem tem de conversar é imensa. Claro que todos podemos conversar aqui fora (no "mundo real"), mas aí reside o encanto do Orkut. Lá não é preciso hipocresia, ninguém pisa em ovos os respeita qualquer hierarquia. É verdade nua e crua a cada tópico. E isso encanta.
Parando para pensar um pouco, de novidade mesmo, não tem nada. É uma grande "pracinha" virtual, onde as pessoas com interesses comuns sentam pra conversar, discutir e fofocar. As fórmulas não mudam nunca...
Parando para pensar um pouco, de novidade mesmo, não tem nada. É uma grande "pracinha" virtual, onde as pessoas com interesses comuns sentam pra conversar, discutir e fofocar. As fórmulas não mudam nunca...
Pois eh, o Orkut, que nasceu meio que como uma brincadeira de seu criador, tomou uma proporção imensa entre os brasileiro (em outros países ele não faz tanto sucesso ou compete, e perde, com outros portais de relacionamento).
ResponderExcluirPor várias vezes já pensei em desfazer meu perfil, por considerar invasivo demais. Mas até agora o máximo que fiz de concreto foi eliminar as informações pessoais.
Quanto as comunidades, a maior parte das pessoas as usam como forma de acrescentar "personalidade" ao seu perfil. Até mesmo, como descrito no texto, poucos são os que comentam os tópicos. Mas mesmo assim, quem não gosta de dizer que "adora o Chico Buarque" ou que "eu tomo ovomaltine do Bob's"?
Outro fator interessante eh saber que (muitas) outras pessoas tb compartilham gostos semelhante ao seu. Não sou psicologo, mas acredito que tem muito a ver com o lance de ser aceito, estas coisas...
De qualquer forma, uma das grande utilidades que encontrei nas comunidades e conhecer um pouco mis sobre as pessoas as quais sou apresentado no "mundo real", vai ver q eh por isso que sempre desisto de deixar de ter Orkut...
Concordo com o texto, mas acho que orkut dá muita briga entre namorados. Exccluí meu perfil e fizemos um "duplo" em que eu e meu namorado temos a senha. Acabaram os scraps das kengas de plantão.
ResponderExcluirVixe, eu aodro ficar lendo tópicos de comunidades interessantes. Engraçado demais.
ResponderExcluirUma grande pracinha! Essa foi boa! Dá pra comparar mesmo, mas pelo menos a nossa pracinha é mais diversa do que a dos nossos pais. Sorte nossa!
ResponderExcluirApesar de gostar do orkut, msn, e-mail e outras ferramentas "virtuais" de comunicação, ainda sou conservador: nada substitui uma boa conversa frente a frente, de preferência na mesa de um bar... Eheheheh. Valeu!
ResponderExcluirTinha que ser Adeilton pra querer conversar no bar!!!
ResponderExcluirconcordo com Adeilton. Aproveito o ensejo para convida-lo para tomarmos uma, a final, já fazem quase dois anos que não o fazemos.
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