A passagem custa R$ 1,85. Esse é o preço que qualquer pessoa paga pra poder entrar nos ônibus e se deslocar pela cidade. Porque ônibus, desde que foi criado, serve pra isso, deslocar-se de um ponto à outro de uma cidade.
Aqui em Natal não. Aqui, ônibus serve de "escritório" de pedinte. Os pedintes não querem mais ficar na rua, debaixo de sol, onde as pessoas andam rápido. Querem estar num local onde as pessoas estão todas reunidas sem ter pra onde se afastar e ficam obrigadas a ouvir aquele discurso decorado com olhar de quem nem ele mesmo acredita naquilo.
No fim da manhã fiz o trajeto para pegar meu filho na escola e peguei três, TRÊS, dentro do mesmo ônibus.
Primeiro foi o palhado do "Doutores da alegria". Olha... se o trabalho deles é voluntário e de coração, porque precisa de financiamento de doações, e só procuram nos ônibus? Esse não é o único motivo de chamá-los de pedinte: eles andam aos farrapos, mal maquiados e fedendo. Se alguém assim fosse me alegrar no hospital eu tinha até medo.... Mas o pior é pedir pra isso. Se vc quer fazer voluntariado em hospital, trabalhe e tire um pouco de seu tempo pra isso. Agora, passar o dia pulando de ônibus em ônibus pra ir 2 vezes na semana alegrar as criancinhas.... me desculpe mas eu não acredito.
Depois entrou um rapaz novo, forte e corado vendendo jujubas. Até aí vá lá, só que ele abriu a boca pra gritar o tal texto decorado que todos tem. Perdeu colega. Por último entra uma senhora, daquelas que ligaram o botão "falar". Ela não parava nem pra respirar. Antes de descer ainda ouvi a discussão dela com uma moça que argumentava que a tal certidão que ela dizia precisar era feita de graça no cartório. Ai meus sais....
Na volta peguei mais dois. Mas vou poupá-los da história.
Fiquei a pensar: sabemos que é um drama social e generalizado que toda cidade tem. Agora, convenhamos, andar de ônibus aqui em Natal já é um teste de paciência, com essa turma aí abusando está insuportável.
A solução parece estar em nós mesmos. As empresas de ônibus não parecem preocupadas com o bem estar do usuário. Se eles não tiverem nehum apurado depois de perambular por aí vão procurar outra forma.
Antes que digam que esta outra forma pode ser roubar, adianto: pesquisas já mostraram que a maioria está ali não pelo desespero, mas porque é mais fácil do que procurar emprego - e às vezes dá mais que o salário mínimo - e não tem horário, não tem patrão, obrigação. Resumindo, o velho dinheiro fácil que vicia e corrompe o cidadão.
Aqui em Natal não. Aqui, ônibus serve de "escritório" de pedinte. Os pedintes não querem mais ficar na rua, debaixo de sol, onde as pessoas andam rápido. Querem estar num local onde as pessoas estão todas reunidas sem ter pra onde se afastar e ficam obrigadas a ouvir aquele discurso decorado com olhar de quem nem ele mesmo acredita naquilo.
No fim da manhã fiz o trajeto para pegar meu filho na escola e peguei três, TRÊS, dentro do mesmo ônibus.
Primeiro foi o palhado do "Doutores da alegria". Olha... se o trabalho deles é voluntário e de coração, porque precisa de financiamento de doações, e só procuram nos ônibus? Esse não é o único motivo de chamá-los de pedinte: eles andam aos farrapos, mal maquiados e fedendo. Se alguém assim fosse me alegrar no hospital eu tinha até medo.... Mas o pior é pedir pra isso. Se vc quer fazer voluntariado em hospital, trabalhe e tire um pouco de seu tempo pra isso. Agora, passar o dia pulando de ônibus em ônibus pra ir 2 vezes na semana alegrar as criancinhas.... me desculpe mas eu não acredito.
Depois entrou um rapaz novo, forte e corado vendendo jujubas. Até aí vá lá, só que ele abriu a boca pra gritar o tal texto decorado que todos tem. Perdeu colega. Por último entra uma senhora, daquelas que ligaram o botão "falar". Ela não parava nem pra respirar. Antes de descer ainda ouvi a discussão dela com uma moça que argumentava que a tal certidão que ela dizia precisar era feita de graça no cartório. Ai meus sais....
Na volta peguei mais dois. Mas vou poupá-los da história.
Fiquei a pensar: sabemos que é um drama social e generalizado que toda cidade tem. Agora, convenhamos, andar de ônibus aqui em Natal já é um teste de paciência, com essa turma aí abusando está insuportável.
A solução parece estar em nós mesmos. As empresas de ônibus não parecem preocupadas com o bem estar do usuário. Se eles não tiverem nehum apurado depois de perambular por aí vão procurar outra forma.
Antes que digam que esta outra forma pode ser roubar, adianto: pesquisas já mostraram que a maioria está ali não pelo desespero, mas porque é mais fácil do que procurar emprego - e às vezes dá mais que o salário mínimo - e não tem horário, não tem patrão, obrigação. Resumindo, o velho dinheiro fácil que vicia e corrompe o cidadão.